Em 16/01/2018

Investimentos e Notícias - Vendas de imóveis residenciais novos sobe em novembro de 2017 na cidade de São Paulo


A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou que em novembro de 2017 foram comercializadas 3.869 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo


A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou que em novembro de 2017 foram comercializadas 3.869 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O resultado representa um crescimento de 95,3% em relação às 1.981 unidades vendidas no mês de outubro, e de 124,4% frente às 1.724 unidades comercializadas em novembro de 2016.

De janeiro a novembro de 2017, as vendas totalizaram 18.660 unidades, um aumento de 32,8% em comparação com o mesmo período de 2016, quando foram comercializadas 14.048 unidades.

Este foi o melhor resultado nas vendas de imóveis novos registrado desde junho de 2013, quando se iniciou a pior crise econômica do País. "Isso se deve, em parte, à melhora dos índices macroeconômicos; mas o crescimento de 95,3% das vendas em relação ao mês de outubro também pode ser atribuído à significativa elevação na quantidade de unidades lançadas em novembro", ressalta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou um total de 6.260 unidades residenciais lançadas no mês, volume 177,4% superior a outubro (2.257 unidades) e 79,8% acima do resultado de novembro de 2016 (3.482 unidades). No acumulado de onze meses, foram lançadas 19.984 unidades residenciais na capital paulista, 19,3% acima do registrado em igual período de 2016 (16.747 unidades).

Dois dormitórios - Ainda de acordo com a Embraesp, das 6.260 unidades residenciais novas lançadas em novembro de 2017, 4.889 (78,1%) têm 2 dormitórios, e preço de até R$ 240 mil. Imóveis com essa tipologia registraram maior quantidade de vendas (3.282 unidades) e volume de oferta (9.668 unidades).

Essa demanda por imóveis econômicos também impulsionou a reação do setor. "Boa parte dos lançamentos dessas unidades aconteceu em meses anteriores, mas só foi detectada em novembro", ressalta Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Sindicato da Habitação.

Os imóveis de três dormitórios destacaram-se com o segundo maior volume de lançamentos (674 unidades), e os de 1 dormitório com a segunda maior quantidade de vendas (276 unidades). Unidades com menos de 45 m² de área útil lideraram os lançamentos (3.661 unidades) e as vendas (2.251 unidades).

Oferta - Novembro se encerrou com 19.538 unidades disponíveis para venda na capital paulista. Esta oferta é formada por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (dezembro de 2014 a novembro de 2017). Houve aumento de 3,8% em relação a outubro de 2017 (18.817 unidades) e redução de 21,7% em comparação a novembro de 2016 (24.968 unidades).

Ampliando o período analisado para 48 meses (dezembro de 2013 a novembro de 2017), a oferta de imóveis não vendidos sobe para 25.634 unidades, 31,2% superior à oferta de 36 meses.

Virada - Esses bons indicadores não permitiram, porém, que o volume acumulado de janeiro a novembro de 2017, na cidade de São Paulo, tanto em vendas quanto em lançamentos, superasse os números dos períodos anteriores à crise de 2013/2014.

"Apesar disso, superamos o ano de 2016. Os índices de vendas e lançamentos de dezembro, que ainda serão apurados pelo departamento de Economia, só determinarão o quanto 2017 foi melhor", aposta Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Reforma da previdência - Os indicadores apresentados até o penúltimo mês de 2017 permitem traçar perspectivas mais positivas para este ano, de acordo análise do presidente da entidade, Flavio Amary. Contudo, a reação mais contundente do mercado imobiliário da Capital depende da aprovação da reforma da previdência e das alterações na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, cuja minuta de projeto de lei está em consulta pública.

"Essas medidas são essenciais para o futuro do setor, para a retomada dos lançamentos, a geração de empregos e o aquecimento da economia. Estamos otimistas, mas vamos deixar para apresentar as nossas previsões de crescimento do mercado para este ano somente em março, mês em que divulgaremos o nosso balanço anual", anuncia o presidente do Secovi-SP.

Fonte: Investimentos e Notícias



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